Comentário do Evangelho
Mc 3, 7-12
O jeito de ser de Jesus,
suas palavras e suas atitudes atraem multidões, nos dias de hoje ele seria um
Pop Star dos mais bem sucedidos, pois com o Ibope garantido é só trabalhar bem
o marketing pessoal e o sucesso de uma carreira bem sucedida está assegurado. A
multidão, as pessoas e os Fãs Clubes são como uma escada por onde o Ídolo vai
subindo até galgar alturas inimagináveis como por exemplo o Rei do Rock Elvis
Presley cuja atração pela sua pessoa superou até a morte e assim criaram o
slogan “Elvis não morreu”, por que?
É
só perguntar para as agências que exploram a marca “Elvis”, e que faturam
milhões com a sua marca, as imagens de seus trejeitos e suas músicas, e com
Michel Jackson está ocorrendo o mesmo. Nos anos 60 o grupo “The Beatles” teve
uma ascensão tão meteórica, que se tornaram mundialmente famosos a ponto de um
deles dizer o que muitos hoje ainda consideram um escândalo: "Somos mais
conhecidos do que Jesus Cristo".
É
necessário citar esses exemplos para compreendermos bem quem é Jesus Cristo, Ele
não é um Super Star, um astro, Ele é o Filho de Deus Vivo e está preocupado com
a Salvação de todas as pessoas que formam aquela multidão que o procura, não
olha para as pessoas como um cifrão, e nem lhe passa no coração e na mente,
algo que com certeza passou pela cabeça dos discípulos "O que podemos
ganhar com isso".
Jesus
quer discípulos, seguidores fiéis, pessoas que vistam a camisa do Cristianismo
e perseverem até o fim, ele não quer admiradores e curiosos, Fanáticos e
alienados, por isso esquivou-se da multidão em uma barca. Não deixou de atender
as necessidades imediatas dos que o procuravam ávidos de uma cura, entretanto,
recrimina severamente os Espíritos imundos que confessavam publicamente a sua
filiação Divina.
Jesus
não é o Filho de Deus por que cura e realiza prodígios atraindo multidões, mas
o seu Messianismo verdadeiro irá se revelar na cruz do calvário onde ficará
evidente o fracasso, a humilhação a que se submeteu nesta hora em que se revela
o que Deus verdadeiramente é, o Amor oblativo, cadê as multidões ? Quando se
pratica a religião do entusiasmo e da euforia, geralmente afasta-se a imagem de
um Cristo sofredor pendurado em uma cruz... Qual é a nossa religião afinal?...
Perspectiva universal da missão de Jesus
Trata-se de um sumário
que, ao mesmo tempo, sintetiza e amplia a atividade de Jesus. Jerusalém não é o
centro das atenções, mas a Galileia e, mais especificamente, a região do Lago
de Genesaré. De todas as partes as pessoas acorrem a Jesus: da Judeia e de
Jerusalém, da Idumeia e de além do Jordão, e até de Tiro e Sidônia (v. 8), além
de uma grande multidão da Galileia (v. 7).
Há,
aqui, uma perspectiva universal da missão de Jesus: não somente os judeus, mas
também os pagãos são atraídos pela fama de Jesus. Mas o que atraía essa
numerosa multidão? O nosso texto genericamente responde: "quanta coisa ele
fazia" (v. 8).
Nessa
expressão deve-se compreender o conjunto dos gestos e do ensinamento de Jesus.
O sumário é, ainda, a ocasião de apresentar a agitação dos "espíritos
imundos" que reconhecem o poder divino de Jesus pelo qual são e serão
vencidos: "ele os repreendeu" (v. 12).
Aparece
ainda o tema marcano do segredo messiânico (v. 12: "proibindo que
manifestassem quem ele era"), que já comentamos antes.
ATRAÍDOS PELA AÇÃO DE JESUS
Para falar da atração
exercida por Jesus, o Evangelho faz um elenco dos lugares de origem das
multidões que assediavam o Mestre. Os locais mais próximos eram as cidades da
Galiléia, especialmente as que ficavam à beira do lago. Este foi o palco
privilegiado do ministério de Jesus. A fama de seus milagres e de seus ensinamentos
deve ter chegado imediatamente aos ouvidos das populações daquela região. Até
gente da capital da Judéia, Jerusalém, vinha ouvir o Mestre. Com que intenção?
Os
judeus desprezavam os galileus. É bem possível que muitos tenham ido ver o
galileu Jesus, movidos por preconceitos, quiçá com a intenção de
"desmascará-lo". Também vinha gente do estrangeiro: da Iduméia, ao
sul da Judéia, do outro lado do rio Jordão – a Transjordânia –, e das cidades
fenícias de Tiro e Sídon. Todos estes lugares eram habitados por judeus que,
sem dúvida, junto com estes pagãos também ficavam atraídos pelo que Jesus
fazia.
O
Mestre limitava-se a fazer o bem a todos, indistintamente. Ao se confrontar com
a multidão, não fazia distinção de espécie alguma. Judeus ou pagãos, todos eram
igualmente curados e libertados da opressão do mau espírito. Assim, o Reino de
Deus deixava as marcas de sua eficácia na vida de todos que se aproximavam de
Jesus. Excluía-se, apenas, quem a ele se dirigia com intenções escusas. O
Mestre tinha o dom de fazer renascer no povo a vida e a esperança!
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